Geovaldo de Carvalho

Os servidores do Estado da Paraíba – ativos, aposentados e pensionistas – vem convivendo há anos com profunda defasagem salarial. O problema se agrava ainda mais, à medida em que não há uma fiscalização de preços atuante, que coíba a alta desenfreada. Que, por seu turno, não se reflete nos índices inflacionários oficiais, o que agrava ainda mais a situação.

No início deste ano, por exemplo, o governador João Azevedo concedeu 5% de reajuste salarial a ativos e aposentados, jactando-se, na ocasião, de ter concedido índice superior à inflação, medida em 4,62%, em 2023. “Esqueceu” Sua Excelência que em 2023 não concedeu um centavo de aumento, ignorando a inflação de 5,79% do ano anterior, sem contar que em 2021 a dita cuja foi de 10,06%.

O desemparo do trabalhador é grande e as perdas muito maiores e já vêm de um bom tempo, desde quando esqueceram que existia uma chamada data-base, que ninguém respeita.

Óbvio que em outros poderes o grito do trabalhador não ecoa para protesto. Assembleia, Tribunais e et caterva têm orçamentos próprios e não passam um ano sem corrigir bem acima da inflação, seus vencimentos, sem contar os penduricalhos próprios desse meio.Fora de cogitação uma reposição salarial que cobrisse essa defasagem, a julgar pela política que se prática e pela omissão de alguns “lideres” de sindicatos e associações, que parecem inclinados ao silêncio. É devem ter um bom motivo para isso.

É bom que os futuros pretendentes ao Poder incluíam essa valorização do servidor na pauta. Não so incluam; se eleitos, cumpram!

Sucessão na Capital

Embora esteja com a popularidade em declínio na periferia de João Pessoa, o prefeito Cicero Lucena aposta toda as fichas na reeleição para o cargo, por mais quatro anos.

Contudo, não perde de vista a possibilidade de ter como opositor Ruy Carneiro, a quem ele considera como o principal opositor.

Ruy, por seu turno, tenta se desvencilhar da condenação de 20 anos por peculato e fraude em licitação, quando era secretário de Estado da Juventude, Esporte e Lazer da Paraíba.

Ruy ainda tem instâncias a recorrer.

Sem previsão

Na coluna passada abordamos a imprevisibilidade das previsões dos órgãos que medem o tempo, o potencial das chuvas etc.

Nessa linha, ninguém alertou que João Pessoa, na terça-feira, iria virar oceano.

Cerca de precipitação de 170 milímetros vira a cidade de cabeça para baixo e abala sua infraestrutura, criando transtornos a todos.

Silêncio de cumplicidade

Alguém precisa avisar a chamada “grande Imprensa” que existem mais de 100 órgãos federais em greve, com as atividades paralisadas.

 Mais de 50 delas são universidades federais, que lutam por reestruturação de carreira, recomposição salarial e orçamentária.

E o silencio reina nos jornais televisivos da vida.

Continua matando

Outra pauta que está merecendo o silencio da grande Imprensa. Este ano, que não é considerado de pandemia, Covid já matou mais que a decantada Dengue.

De janeiro até maio a Covid matou 3.567 pessoas no Brasil, contra 2.899 pela Dengue.

Falecimento

Incorre em ledo engano que pensa que carrasco não tem pai.

Nesta terça morreu, em São Paulo, de causa não divulgada, Leon Lima de Moraes.

Era pai do todo-poderoso e onipotente ministro do STF, Alexandre Moraes.

Pagamento

Prefeitura de Campina Grande, sempre pagando dentro do mês trabalhado, efetua nesta quarta-feira, 29, pagamento a todos os seus servidores.

Um bom reforço para a abertura do Maior São João do mundo.