O favorito à presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o médico Samir Xaud, responde por denúncia de fraude na Justiça. Segundo o Ministério Público de Roraima, Xaud teria participado de um esquema de falsificação de documentos entre 2017 e 2020, período em que atuou como diretor-geral do Hospital Geral de Roraima.

A denúncia envolve a empresa Coopebras, acusada de simular serviços médicos não realizados para justificar pagamentos indevidos. O suposto esquema teria causado um prejuízo de R$ 1,4 milhão aos cofres públicos. Processo segue sem sentença, mas com indícios de irregularidade.
Essa não é a única polêmica envolvendo o dirigente. Samir Xaud já foi suspenso por dois anos da função de perito médico do Tribunal de Justiça de Roraima, após erro em um laudo pericial. O episódio levanta dúvidas sobre a conduta ética do candidato.
Apoio de federações
Com 41 anos, Xaud preside a Federação de Futebol de Roraima e tem o apoio de 22 federações estaduais — número suficiente para garantir vitória confortável nas eleições da CBF, marcadas para o próximo dia 25.
Filho de Zeca Xaud, que comandou a federação roraimense por quatro décadas, Samir cresceu nos bastidores do futebol local. Seu nome é conhecido nos corredores da CBF e agora busca consolidar sua influência no comando máximo do futebol nacional.
A defesa de Samir Xaud afirma que não há impedimentos legais para que ele concorra ao cargo e que não há provas concretas de sua participação nos ilícitos.
A CBF, atualmente sob intervenção de Fernando Sarney, não se manifestou oficialmente sobre as denúncias, mesmo em meio à crescente cobrança por transparência institucional.