Paulo Maluf varava o País, comprando apoio e fazendo todo tipo de concessão para assegurar voto no Colégio Eleitoral e sair presidente da República, em votação indireta. A compra de apoio também servia caso, no futuro, por um milagre, houvesse a eleição direta.

Era época em que “malufar”, significava, por uma boa repen$a, ter aderido à causa do homem, que era para muitos, um símbolo vivo da corrupção no País.

Em visita à Paraíba, em sua cruzada pelo Nordeste, Maluf foi a Campina Grande, onde alguns “malufistas” organizaram uma recepção

No aeroporto, perfilados em corredor polonês, garotos da Casa da Paz, usando bonés com slogan: “Maluf 85”, esperavam a passagem do homem, quando um dos seus assessores, intrigado, perguntou ao primeiro que passou a sua frente, de que se tratava.

O que é isso? – indagou, para sua infelicidade, ao irônico repórter Juarez Amaral, que respondeu:

– Bom, os bonés são armação dos políticos daqui para Maluf, mas as crianças são todas inocentes. Pode acreditar!