Geovaldo de Carvalho

Á medida em que o prazo vai diminuindo para a data fatal, o dia das eleições, os candidatos vão perdendo o senso nos discursos e usam mão de todo tipo de acusação, objetivando tirar proveito do possível desgaste dos adversários.

Um espaço, teoricamente proposto pela Justiça Eleitoral para apresentação dos candidatos, exposição de suas metas, de repente, isso fica em segundo plano, dando lugar a acusações – algumas até falsas -, troca de insultos e promessas faraônicas que dificilmente seriam cumpridas no limite do mandato.

Em João Pessoa, chegam a ligar a administração municipal ao crime organizado e a outros tipos de ações nefastas ao bem público. Em Campina Grande, candidatos não muito afeitos ao dia-a-dia da cidade, mentem sobre a saúde e desconhecem o que foi feito. Se falar nas acusações de cunho pessoal, que vez por outra escapam.

Ou seja, aquilo que seria um espaço para um debate democráticos, de repente, torna-se quase um ritual antropofágico, com um querendo comer o adversário vivo.

Em Campina o primarismo é tão grande, que candidatos tidos com menores chances estão agredindo outros de igual perspectivas eleitorais, quando deveriam haver o respeito entre todos para que, em caso de segundo turno – se houver – juntassem força, unidos sem mágoa para a outra etapa do pleito.

Fazer o quê? É o instinto e faro do poder que faz o ser humano perder o senso de ridículo e o essencial equilíbrio de postura.

Candidatos e prazo

Encerra-se na próxima sexta-feira, 13, o prazo para candidatas, candidatos e partidos participantes das Eleições Municipais de 2024 enviarem as prestações de contas parciais das respectivas campanhas à Justiça Eleitoral.

A documentação deve ser registrada no Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE) e deve incluir todas as movimentações de dinheiro realizadas desde o começo da campanha até o dia 8 de setembro.

Favorito, Nem Tanto

Tido como favorito nas eleições em Santa Rita, na fase de pré-campanha, o radialista Nilvan Ferreira viu que a realidade é outra.

Foi só surgirem as pesquisas para ele sentir o peso do candidato que está enfrentando. A mais recente, da Consult, dá 48% para Jackson Alvino e 31,5% para Nilvan.

Se perder esta, Nilvan pode pedir música no Fantástico. Será a terceira sem lograr êxito.

Igualmente

O mesmo exemplo de Nilvan deve se aplicar a Arthur Bolinha, em Campina Grande, e Ruy Carneiro em João Pessoa, em se falando de disputar Prefeituras.

Estão em todas, mas não ganham uma.

Massacre eleitoral

Já em Recife não é eleição; é massacre! A Nova pesquisa exibida ontem, quarta-feira, aponta João Campos (PSB), atual prefeito e candidato à reeleição, com 76% das intenções de votos.

Em segundo lugar, Daniel Coelho (PSD) e Gilson Machado (PL) estão em empate técnico, com 6%. Dani Portela (PSOL) aparece com 2%, e Tecio Teles (Novo) tem 1%. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Cidadania à Sanfona

O músico e forrozeiro Dorgival Dantas é o mais novo cidadão paraibano, “pelos relevantes serviços prestados”.

O título foi sancionado pelo governador João Azevedo. O poeta, é natural de Olho D` Água do Borges, Rio Grande do Norte, tem 53 anos e é figura carimbada nos festejos juninos promovidos na paraíba.

Condenável Omissão

O pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, que chegou a 153 assinaturas, junto com assinaturas de 1,4 milhão de cidadãos, so conta apenas com dois parlamentares como signatários da Paraíba.

O deputado Cabo Gilberto e a suplente Eliza Virginia, que está no exercício do mandato após o afastamento, por licença, do deputado Mersinho Lucena.

O resto deve estar gostando do rasga-rasga da Constituição pelo Faraó togado.

São Paulo Embolado

Na nova pesquisa Datafolha que acaba de sair, o prefeito Ricardo Nunes(MDB), candidato à reeleição, assume a liderança com 27% das intenções de votos, enquanto o decantado Pablo Marçal(PRTB) aparece agora em terceiro, com 19% das intenções de voto.

Em segundo lugar está Guilherme Boulos (PSOL), com 25% dos votos. A pesquisa tem uma margem e erro de 3%.

Destaque-se que enquanto Marçal não tem tempo nenhum no Horário Eleitoral, Nunes detém 65% do espaço destinado a esse fim.