Mesmo governador da Paraíba, o poeta Ronaldo Cunha Lima não abria mão, nos fins de semana, de tomar uma com os amigos. Às vezes, na “solidão” da Granja Santana; outras, em visita a correligionários nos variados municípios do Estado.

Certa vez, havia uma solenidade importante no Palácio da Redenção, em plena segunda-feira, pela manhã. Sol quente e o Palácio lotado à espera do início do evento, um pouco atrasado por conta de o governador ainda não ter chegado.

La para tantas, entra Ronaldo esbaforido no meio da multidão que ocupava o salão principal, cujo sistema de ar condicionado não dava conta do calor que fazia naquele dia.

Depois de passar pelo “grosso da tropa” Ronaldo, rosto vermelho e cansado, a denunciar o excesso do domingo, chega a mim e a Geraldo Veras que, como eu, também era diretor de A União, e ordena:

– Vocês dois, anotem ai quem não está de ressaca aqui que eu quero demitir ainda hoje!