Campanha eleitoral de 1986, a chapa majoritária do PMDB era composta por Tarcisio de Miranda Burity e Raymundo Yasbeck Asfora.

Era uma campanha puxada, com os candidatos visitando mais de 10 municípios por dia, utilizando todo tipo de meios de locomoção, sob um calor senegalesco.

Burity, para enfrentar o tranco, andava com os bolsos cheios de chocolate e sempre oferecendo um a Asfora, que rejeitava.

Asfora, nos trajetos, se abastecendo de uísque e oferecendo a Burity, que ignorava a oferta, por sua condição de quase abstêmio.

Duas performances diferentes em busca de um objetivo comum.
Alguém perguntou como era possível conciliar os dois, com “paladares” tão dispares, viajando tanto tempo juntos durante a campanha, na qual acabariam eleitos.
Asfora concordou, mas insinuou que não seria por muito tempo:

  • É verdade. Mas, até terminar essa campanha, ou Burity me converte ou eu perverto ele.